sexta-feira, julho 20, 2007

Altruismo


Aprofundando um pouco algumas ideias que já tinha sobre o altruísmo, continuo a defender a ideia que o altruísmo puro não existe. Pode ser puro à partida, na sua génese, mas apenas continuaria puro se não existisse qualquer espécie de reflexão posterior ao acto em si. Para quem não faz este tipo de exercício os meus parabéns. Mas não me esqueço que acredito na lei do Karma, ou seja, mesmo a melhor das acções está sujeita a reverter positivamente para nós.
Tive também, ainda no seguimento deste assunto, uma conversa sobre se um gesto altruísta pode ou não ser consciente. O que quer isto dizer? Quer dizer que algumas pessoas confundem altruísmo com espontaneidade, retirando do seu campo de acção tudo o que não seja irreflectido. Não concordo; se bem que a espontaneidade, para a ser, precisa de ser irreflectida, existe outro tipo de espontaneidade menos requintada, aquela em que nos surge uma ideia rápida na cabeça, na qual pensamos um pouco e depois decidimos obedecer. Para mim o altruímo não tem de ser espontâneo. Precisa somente de não ser egoísta no seu resultado final.

1 comentário:

vc disse...

Tens o dom de me fazer, na maioria das vezes, concordar contigo!
Beijocas!