quinta-feira, julho 12, 2007



Está na altura de aprofundar os dedos que teclam incessantes por trás destas imagens. O que seria suposto dizer para me apresentar ao escasso auditório que não me conhece e que passa por aqui? Sinto-me como se fosse uma parede de uma galeria, de um museu, que fica sempre anónima e por trás das imagens ou intervenções que se sobrepõe a ela. Por mais que escreva tudo o que me diz respeito, mesmo que escreva coisas tiradas da minha própria ficção, enquanto não enquadrar isso tudo numa aparência qualquer, numa redoma física, continuarei a falar-vos e a escrever daquele sítio onde nascem as personagens mais mirabolantes e onde os deuses vão buscar ideias para as suas criações.



Imagem: Amadeo de Souza Cardoso ( em parte incerta )

3 comentários:

Unknown disse...

O medo dos monstros definidos e dos indefinidos, com medo dos sustos e das certezas resumiam o nada que não se descomplexifica e o todo que é tão grande para ser revelado, assim, a uma pessoa só. Pensar, então, tinha sido a decisão de fundo tomada nos últimos momentos. Já impenetrável ao sol, a cama enterrava-se agora num numa cor pouco luminosa tal era a sombra que lhe invadia o olhar pelos medos que eram todos.
A musica em pesadas cortinas de palco, como em si caótica ao centro, perfeita, inibia com certeza os outros do pensar profundo e concedia-lhe o reforço astuto do traço e do estado.
Pedacinhos de tudo seu espalhados por todo o lado, proclamavam a impenetrabilidade protectora do espaço.
Em liberdade, portanto, para pensar, então.
Então, pensou e pensou sem querer ou crer saída, em preto rascunhado e rasurado, em distancia circunstancial, em calmo desespero, e colocou todas as duvidas, interrogou as resistências e maldizeu o marasmo, para logo lhe pedir desculpas com medo que ele se vingasse e se organizasse.
A intensidade da coerência concedeu-lhe momentos únicos de esperançado desconhecimento. Não esclareceu nem concluiu, mas conseguiu dar razão à tristeza e á cor do seu quarto.
Sem ter tempo para pensar que não conseguia, também adormeceu. Sentiu a dor das amarras nos braços, a carne viva da pele comida pelo desapego. E depois o silencio existencial desreferenciado. Viu-se sem rosto e sem sexo, vaporizado, ainda que sempre brilhante.
Quis para si. Prolongou a beleza do sofrer sem rosto. A virtuosidade do não género.
E o espelho disse-lhe os homens não acabam.
O medo dos monstros definidos e dos indefinidos, com medo dos sustos e das certezas resumiam o nada que não se descomplexifica e o todo que é tão grande para ser revelado, assim, a uma pessoa só. Pensar, então, tinha sido a decisão de fundo tomada nos últimos momentos. Já impenetrável ao sol, a cama enterrava-se agora num numa cor pouco luminosa tal era a sombra que lhe invadia o olhar pelos medos que eram todos.
A musica em pesadas cortinas de palco, como em si caótica ao centro, perfeita, inibia com certeza os outros do pensar profundo e concedia-lhe o reforço astuto do traço e do estado.
Pedacinhos de tudo seu espalhados por todo o lado, proclamavam a impenetrabilidade protectora do espaço.
Em liberdade, portanto, para pensar, então.
Então, pensou e pensou sem querer ou crer saída, em preto rascunhado e rasurado, em distancia circunstancial, em calmo desespero, e colocou todas as duvidas, interrogou as resistências e maldizeu o marasmo, para logo lhe pedir desculpas com medo que ele se vingasse e se organizasse.
A intensidade da coerência concedeu-lhe momentos únicos de esperançado desconhecimento. Não esclareceu nem concluiu, mas conseguiu dar razão à tristeza e á cor do seu quarto.
Sem ter tempo para pensar que não conseguia, também adormeceu. Sentiu a dor das amarras nos braços, a carne viva da pele comida pelo desapego. E depois o silencio existencial desreferenciado. Viu-se sem rosto e sem sexo, vaporizado, ainda que sempre brilhante.
Quis para si. Prolongou a beleza do sofrer sem rosto. A virtuosidade do não género.
E o espelho disse-lhe os homens não acabam.
O medo dos monstros definidos e dos indefinidos, com medo dos sustos e das certezas resumiam o nada que não se descomplexifica e o todo que é tão grande para ser revelado, assim, a uma pessoa só. Pensar, então, tinha sido a decisão de fundo tomada nos últimos momentos. Já impenetrável ao sol, a cama enterrava-se agora num numa cor pouco luminosa tal era a sombra que lhe invadia o olhar pelos medos que eram todos.
A musica em pesadas cortinas de palco, como em si caótica ao centro, perfeita, inibia com certeza os outros do pensar profundo e concedia-lhe o reforço astuto do traço e do estado.
Pedacinhos de tudo seu espalhados por todo o lado, proclamavam a impenetrabilidade protectora do espaço.
Em liberdade, portanto, para pensar, então.
Então, pensou e pensou sem querer ou crer saída, em preto rascunhado e rasurado, em distancia circunstancial, em calmo desespero, e colocou todas as duvidas, interrogou as resistências e maldizeu o marasmo, para logo lhe pedir desculpas com medo que ele se vingasse e se organizasse.
A intensidade da coerência concedeu-lhe momentos únicos de esperançado desconhecimento. Não esclareceu nem concluiu, mas conseguiu dar razão à tristeza e á cor do seu quarto.
Sem ter tempo para pensar que não conseguia, também adormeceu. Sentiu a dor das amarras nos braços, a carne viva da pele comida pelo desapego. E depois o silencio existencial desreferenciado. Viu-se sem rosto e sem sexo, vaporizado, ainda que sempre brilhante.
Quis para si. Prolongou a beleza do sofrer sem rosto. A virtuosidade do não género.
E o espelho disse-lhe os homens não acabam.
O medo dos monstros definidos e dos indefinidos, com medo dos sustos e das certezas resumiam o nada que não se descomplexifica e o todo que é tão grande para ser revelado, assim, a uma pessoa só. Pensar, então, tinha sido a decisão de fundo tomada nos últimos momentos. Já impenetrável ao sol, a cama enterrava-se agora num numa cor pouco luminosa tal era a sombra que lhe invadia o olhar pelos medos que eram todos.
A musica em pesadas cortinas de palco, como em si caótica ao centro, perfeita, inibia com certeza os outros do pensar profundo e concedia-lhe o reforço astuto do traço e do estado.
Pedacinhos de tudo seu espalhados por todo o lado, proclamavam a impenetrabilidade protectora do espaço.
Em liberdade, portanto, para pensar, então.
Então, pensou e pensou sem querer ou crer saída, em preto rascunhado e rasurado, em distancia circunstancial, em calmo desespero, e colocou todas as duvidas, interrogou as resistências e maldizeu o marasmo, para logo lhe pedir desculpas com medo que ele se vingasse e se organizasse.
A intensidade da coerência concedeu-lhe momentos únicos de esperançado desconhecimento. Não esclareceu nem concluiu, mas conseguiu dar razão à tristeza e á cor do seu quarto.
Sem ter tempo para pensar que não conseguia, também adormeceu. Sentiu a dor das amarras nos braços, a carne viva da pele comida pelo desapego. E depois o silencio existencial desreferenciado. Viu-se sem rosto e sem sexo, vaporizado, ainda que sempre brilhante.
Quis para si. Prolongou a beleza do sofrer sem rosto. A virtuosidade do não género.
E o espelho disse-lhe os homens não acabam.

Unknown disse...

ups...o texto em duplicado é apenas a minha desinternet...;)

Paulo Dias disse...

bonito o texto. Gostei bastante. Identifico-me largamente...Obrigado por o pores em duplicado, facilita a compreensão...