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" (...) a conclusão é que o sítio de que ando a fugir, e isto pode parecer um lugar comum, mas de certa maneira os lugares comuns transportam conhecimento e sabedoria irredutíveis; esse sítio onde o medo espreita a cada instante reside em mim, não obstante de também já o ter visto cá fora, mas essencialmente está em mim e eu sou responsável por levá-lo a todo o lado; posso fazer algo, posso vestir-me de exterminador e implacável estender o carnaval ao resto do ano … vou esperar mais uns tempos e ver se realmente o caminho que estamos todos a seguir possa desembocar na solidariedade genuína e amor fraternal entre todos, como ainda acredito ser possível, amor esse catalogado de utópico para que se torne parte da estratégia de desistência a que somos diariamente sujeitos (…) "
Texto: Excerto de " A cortina de fumo " de Paulo Dias
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