terça-feira, novembro 13, 2007
Aconteceu na Finlândia aquilo que todos ou quase todos pensam ser exclusivo dos E.U.A. Um adolescente entrou a matar na sua escola secundária, depois de ter posto um video a circular no Youtube a avisar a futura tragédia. Não foi levado a sério, à semelhança do que aconteceu na Virginia à bem pouco tempo. A conclusão que se tira daqui é simples: ninguém leva os adolescentes a sério, e a raiz da revolta dos mesmos que praticam tais actos é precisamente serem votados ao ostracismo por todos os que os rodeiam. Estas incursões pela Web não são simples chamadas de atenção, são o fim da linha de um trajecto marcado pela solidão, a raiva acumulada pela percepção da insignificância do papel que têm no ambiente que os rodeiam e o desespero resultante, que conduz à vingança e à retaliação. São, regra geral, universos sem perpectivas, sem expectativas, sem saída, com desejo de vingança e ajuste de contas, e que por serem usadas num suporte que tem o acesso de milhões de pessoas devem ser encaradas com a gravidade que se impõe. Juntando isto tudo ao fácil acesso a armas temos o barril de pólvora ideal. Não estamos face a meros danos colaterais, apesar do que os lobbies das armas nos dizem. Estamos perante políticas que levam ao suicídio cada vez mais pessoas que desistem de viver porque ninguém se preocupa. Nem sequer quando gritam alto e a bom som que estão doentes e que precisam de ajuda. Devemos estar todos atentos a estas coisas, para que isto não volte a acontecer. Nem nos E.U.A. nem em lado nenhum.
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